Hoje chegou o dia. O momento de entregar os vidros do cinzeiro, o fogo do isqueiro, o papel do maço de cigarros, entregar a tal nicotina para os outros. O sentimento é de petrificação, de pulmão inflado de ar e vazio de coragem. Vazio até certo ponto, se fosse tão vazio a primeira frase não faria sentido. Hoje começa o oposto da realidade que sempre vivi, o (in)verso do (in)verso que conheço, a resposta da minha pergunta, a rima do meu poema de vida.
Então, o dia chegou... Quero me entorpecer dele, viver dele, não quero deixa-lo ir, mas me dispeço e peço: vá! Quero migalhas, quero esse corpo queimado, quero esse cheiro de cinza, que pinta, que firma, que que vibra, que me pinça. Seu leito fede, minha casa fede, meu corpo fede e minha vida? Também fede? Tudo acaba amanhã, com a brisa da manhã, com a cinza do cinceiro, com a brisa da cinza, com a brisa da casa, com o cinza do dia.
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Rê!!!
ResponderExcluirAcabei de saber que vc parou de fumar!
E entrei aqui para conferir!
I-RA-DO!!!
Força ai!
Saudades
Bjs
Renato
ResponderExcluirMuito bom mesmo. Voce e um poeta...
Fica firme que vale a pena
Conte conosco
M.Eunice
Muito especial todo o teu blog.
ResponderExcluirQue maneira legal de lidar com a ansiedade desta forma tão criativa!
Com tanta energia e criatividade, certamente vencerás esta batalha diária de livrar-se do cigarro.
Torço por ti.
Elaine